O mundo é feito de escolhas. Na verdade, o mundo se tornou um conglomerado de escolhas, cujas vidas tão exatas ora optam pela alternativa A, ora a B, às vezes fica entre a C e a D e quando há a E a escolhem por hesitação.
Ontem ela me disse que se sentia um pouco jovem. Entendo o sentimento, pois sei como é que se faz, mas não entendo a quantificação pouco, muito, demasiado, pequeno, médio ou qualquer coisa plus size.
E… Será que hoje dá para manter a escolha de ontem? Eu não a vi… Ainda. Mas penso no que ela deve estar quem sabe agora, nesse improvável instante, pensando. Posso me enganar quanto ao que esteja pensando… Digo ela, a quem escolhi me ocupar e me fazer sua sentinela que nem desconfia, embora não entenda, porque estás agora tão inquieta. Inquieta? Quieta? Faça-se silêncio! Se não o fizer, faço eu. Conheço bem o ofício, mas não falo porque é nobre e o respeito, pois o cuidado deve (pre) existir.
Lembro-me de algumas vezes que resolveu impostar a sua voz pequena e rouca (não necessariamente nesta ordem) para “curricular” suas sábias e corajosas decisões. Emprestei os meus ouvidos e guardei o meu coração… Ela insistia que, para ela, as probabilidades não existiam e era sempre “A” ou “B”, “Certo” ou “Errado”, “8” ou “80”.
Setenta. E ela tenta ardilmente te convencer que sempre teve ao seu lado a sabedoria. Talvez isso logo lhe significasse um sinal de vitória. Porém, estou diante de um impasse: permanecer ou não diante de sua figura agora tão majestosa… Que escolha tenho eu? Tenho ou não tenho sou agora o próprio impasse ou reticências perdidas no meio ou ao final do parágrafo.
Preciso de um conselho, mas só me vem o trecho de uma música que não sei o nome, menos ainda quem a gravou. E ainda sim permanece o impasse. Ela escolhe enquanto penso em todos os “As”, “Bs”, “Cs”, “Ds” e “Es” que marquei como também deixei de marcar em tantos gabaritos. Ela escolhe, eu não.
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